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História

O Teatro Stephens terá sido construído pelos irmãos Stephens em meados de 1770, no complexo industrial da Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande. A 16 de outubro daquele ano a fábrica inicia a sua laboração. O complexo "integrava todos os equipamentos necessários a uma pequena vila: fábrica, armazéns, residências, escola, hospital e teatro" (CARNEIRO, p. 797).

Em 1785 Nicolau Luís da Silva, escritor de comédias de cordel e homem de teatro, a pedido dos irmãos Stephens, passa pelo teatro da Marinha Grande, onde monta uma peça de Voltaire, Olímpia (BARROS, 1969, p. 24).

Na sequência das invasões francesas - 1807/1811, a Real Fábrica de Vidros bem como o seu teatro foram danificados (PINHO LEAL, 1990, pp. 75-76) (ARANHA, 1883, p. 155). João Diogo Stephens reconstrói-o e após a morte de João Diogo Stephens em 1826 a fábrica é deixada em testamento à Nação Portuguesa.

Em 21 de Agosto de 1892 a família real visita a Fábrica da Marinha Grande. O Ministro das Obras Públicas e o caricaturista Rafael Bordalo Pinheiro também faziam parte da comitiva. Há nota de que em 1908 - o teatro deste complexo fabril, propriedade da Companhia, "tem cinco vistas de sala, sendo uma fechada e quatro de bastidores". Tem uma lotação de 310 lugares, distribuídos por "15 camarotes, 75 cadeiras, 120 lugares de plateia e 100 de galeria" (SOUSA BASTOS, 1908, pp. 351-352).

Em 26 de Agosto de 1926 é realizada a primeira exibição cinematográfica no Teatro Stephens, com o filme de Charlot, O Peregrino;

Em 1936 são efectuadas obras de remodelação no Teatro Stephens que visaram a sua ampliação, realizada sob o impulso do administrador da fábrica, Acácio Calazans Duarte: a reabertura contou com a presença da Companhia Rey Colaço - Robles Monteiro que levou à cena a peça A Recompensa (AZAMBUJA, 1998, p. 266).

A 5 de Outubro de 1941 é reinaugurado o cinema com a apresentação do filme Primavera (AZAMBUJA, 1998, p. 271).

Em Março de 1955 assinala-se a estreia da revista Cantigas e Cristais, de José Ferreira da Silva e António Vasconcelos Ribeiro, pelo Grupo Cénico da Sociedade de Beneficência e Recreio 1º de Janeiro (AZAMBUJA, 1998, p. 268).

Já depois do encerramento da Fábrica Escola Irmãos Stephens, em 1994 a Câmara Municipal da Marinha Grande e o Estado celebram protocolo com o objectivo de passar para a primeira os equipamentos culturais da F.E.I.S.

Em Julho de 2003 a autarquia decide avançar com a remodelação do Teatro Stephens e em maio de 2011 iniciam-se as obras que culminam com a requalificação do Teatro Stephens - Casa da Cultura.

Fonte: Inventário da DGEMN em www.monumentos.pt