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FESTIVAL JAZZ DA MARINHA GRANDE . LOKOMOTIV “GNOSIS”

2019/11/16
Local:
Casa da Cultura Teatro Stephens

FESTIVAL JAZZ DA MARINHA GRANDE . LOKOMOTIV “GNOSIS”


SINOPSE |
Os Lokomotiv têm-se destacado pela sua enorme flexibilidade estética, interessados apenas em praticar um jazz que tenha tudo a ver com o nosso tempo. Barretto, Delgado e Salgueiro há muito que vêm revelando um grande leque de interesses musicais que cobrem tendências como o rock, o jazz, as músicas do mundo e a clássica, situando-se entre os expoentes portugueses de um ecletismo que é bem a marca deste início de século.
A música dos Lokomotiv quis-se sempre, desde o início, como uma construção permanente, um work-inprogress. Os feitos do passado e as expectativas do futuro são importantes, mas nada determinam efectivamente. O que interessa é a evolução das ideias e a maneira como estas vão sendo aplicadas.
O que se mantém é tão relevante quanto o que mudou neste caminho percorrido nas últimas duas décadas por Carlos Barretto, Mário Delgado e José Salgueiro. A escrita do primeiro foise abrindo progressivamente, dando mais lugar à improvisação e à espontaneidade, mas o gosto por aquilo a que chama «arquitectura concreta» é igual ao de “Silêncios”, o 2.º o disco do grupo, lançado no ano 2000, dois anos após os ensaios iniciais. Neste aspecto em particular, se nos últimos tempos a maior presença do rock na música dos Lokomotiv parecia indicar uma diferenciação, o swing jazzístico volta neste álbum a ganhar predominância.
No ADN dos Lokomotiv tem estado o desejo de «encontrar vasos comunicantes entre compartimentos fechados» (Barretto dixit), o que pode ser entendido tanto ao nível idiomático e dos vocabulários utilizados (os jogos entre jazz, rock, tradição popular e música erudita que foram realizando) como em outros nos planos estético e técnico, sempre no ponto de intersecção do património musical existente com o desconhecido. Sair de uma zona de conforto, arriscar, só é possível dentro destes parâmetros e ainda que o risco, a invenção, não conduza à originalidade. Nada é realmente original. A música é um organismo vivo, experienciando a sua existência nas condições que lhe são dadas pelo seu próprio corpo.
(In Rui Eduardo Paes)

Ficha artística |
Carlos Barretto – Contrabaixo
Mário Delgado – Guitarra
José Salgueiro – Bateria
Duração: Aprox. 60 m
Classificação Etária | M 6
Preço | 8€

Bilheteira: Teatro Stephens, de terça-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.

Horário:

21h30

Preço:
8,00 €